Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As Coisas da Cultura

Porque há sempre muito para ver e para contar

Porque há sempre muito para ver e para contar

As Coisas da Cultura

15
Nov13

Polémica em torno da espionagem norte americana no Teatro Carlos Alberto

olhar para o mundo

Polémica em torno da espionagem norte americana no Teatro Carlos Alberto


Polémica em torno da espionagem norte americana no Teatro Carlos Alberto

O grupo de teatro "Visões Úteis" apresenta "Ficheiros Secretos", no Teatro Carlos Alberto, no Porto, que não busca inspiração na série televisiva, mas sim na polémica em torno da espionagem norte-americana.

 

Não são os ficcionais Fox Mulder ou Dana Scully que são evocados no texto criado por Ana Vitorino e Carlos Costa, mas antes personagens bem reais como o Edward Snowden, que revelou a dimensão da vigilância electrónica norte-americana, ou Bradley Manning, a fonte no caso Wikileaks.

Segundo Carlos Costa, o universo destes "Ficheiros Secretos", em cena até dia 24, é "o desejo revelado pela nova espionagem de ultrapassar a espionagem mais humana e de controlar o mundo todo, de vigiar tudo, de ouvir tudo".

 

Na peça, o cenário estende-se pela plateia e os espectadores sentam-se em redor do palco, no centro do qual há uma mesa com vários objectos. À volta da mesa, três personagens de bata branca vão tentando tirar sentido de várias informações e ligar factos desconexos.

 

"Estas três personagens são como três analistas que estão no seu trabalho rotineiro que constantemente recebem cápsulas com informação, os sinais, e estão obrigados a encontrar-lhe um sentido", explicou Carlos Costa, actor como Ana Vitorino, com quem partilha a direcção da peça. O terceiro actor é Pedro Carreira.

 

Carlos Costa admite que a peça tem traços de sátira mas acrescenta que "quando se conhecem os dados não é tanto uma paródia quanto isso".

 

O elemento do grupo "Visões Úteis" evoca o caso do responsável pela agência de vigilância norte-americana NSA, Keith Alexander, que "começou por destacar-se na sua carreira por avançar com a ideia dos sinais, das relações, explicando aos seus colegas que se reunissem muitos dados era possível cruzá-los e eles revelariam alguma coisa".

 

Esta tendência, recorda Carlos Costa, reforçou-se "na sequência do 11 de Setembro de 2001, quando os americanos descobriram que tinham todos os dados para ter impedido o que aconteceu só que não os relacionaram".

 

Ao longo da peça, os três analistas lidam simultaneamente "com o problema de um sujeito que na verdade são quatro histórias reais" explicou Carlos Costa. E essas histórias são as de Edward Snowden, a Bradley Manning, a Alan Turing o "pai da computação gráfica" e Nelson Mandela.

 

Os analistas vieram de férias e descobrem que as suas "narrativas lhes fugiram ao controlo", como aconteceu aos escritores da peça. "Em Julho julgávamos ter o espectáculo estruturado em volta de determinadas ideias, quando em Agosto acontecerem uma série de coisas à volta dos nossos tópicos principais".

 

Durante a peça, os espectadores são chamados a participar numa série de testes que incluem a exibição de fotografias, óculos de visão nocturna, um inquérito e um aloquete.

A estreia está marcada para dia 14 de Novembro às 21:30.


Retirado do HardMúsica

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2012
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub