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As Coisas da Cultura

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08
Jul13

“Cada Sopro” em cena no Teatro da Politécnica

olhar para o mundo

“Cada Sopro” em cena no Teatro da Politécnica


“Cada Sopro” em cena no Teatro da Politécnica

Uma família sob uma pretensa ameça contrata um jovem segurança, chamado Chris.  Chris passa os dias e as noites a observar, perto da piscina. A pouco e pouco, todos os elementos da família, um por um, são atraídos para ele como se este fosse o último objecto de desejo.

 

OLIVER : - “tu tipo adormeces e há uma merda qualquer. Acordas meio tonto, sem saber onde estás. Reparas que há tipo uma porta que não devia estar aberta ou que uma vidraça está estilhaçada. E tu entras e vais chekar tudo e estamos tipo todos mortos. Um massacre”.

 

“Every Breath” de Benedict Andrews é melancólica, invulgar e suturna. A peça mostra-nos um retrato familiar, o que acontece quando a prosperidade é levada ao extremo. Quando uma família de pseudo-burgueses acredita que tudo é passível de ser consumido, inclusivamente as pessoas.

 

Todo o texto gira à volta de Chris, (interpretado pelo actor Sisley Dias que se estreia nas lides do Teatro) e da extravagante família. O segurança misterioso e carregado de enigmas, vigia a casa, protegendo-a de uma pseudo-ameaça, que pode até não existir.

 

Existe a obsessão por um falso sentido de segurança. Estranhamente ou talvez não, cada elemento do grupo desenvolve um sentimento de atracção pelo objecto desconhecido, uma atracção sexual e até espiritual que volatiliza os seus comportamentos.

 

É a partir daí que se estabelece a teia da acção. O cenário é de uma piscina e de uma sala de jantar, contexto perfeito para caracterizar uma vida de privilégios e um universo privado e laminado de cada membro da família (mãe, pai e os dois filhos gémeos). As personagens durante as cenas ocupam o palco em pares, sendo que o derradeiro elemento de ligação é o omnipresente Chris.

 

A história de uma família desequilibrada e de um segurança andrógeno tem tudo para surpreender e chocar. O texto pode assumir por momentos um carácter confrangedor. Os cenários, as luzes, em suma, toda a parte cénica consegue relevar ainda com maior precisão o ambiente dramático das cenas. A catarse como fim capaz de elevar a poética do oprimido junto à pele do espectador: - É esta afinal a essência do teatro.

 

A peça “Peça “Cada Sopro” pode ser vista, entre os dias 10 de Julho e 03 de Agosto no Teatro da Politécnica.  O espectáculo integra a programação do Festival Internacional de Teatro de Almada.

 

Retirado do Hardmúsica

02
Mar13

“Um grito parado no ar” para ouvir no Teatro da Politécnica

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“Um grito parado no ar” para ouvir no Teatro da Politécnica


“Um grito parado no ar” para ouvir no Teatro da Politécnica

Escrito em 1973, o texto da autoria de Gianfrancesco Guarnieri relata a história de um conjunto de actores que luta contra todas as adversidades para conseguir estrear a sua peça, que tem como tema a representação de aspectos gerais da vida quotidiana, nomeadamente retratos de pessoas comuns, com diferentes profissões, estatutos e posições sociais.

 

António Mercado, director do espectáculo, traz-nos à capital uma peça irreverente, cheia de humor e descontracção e especialmente com um significado deveras importante tendo em conta os dias de hoje: durante os noventa minutos de espectáculo, podemos assistir a um conjunto de situações inesperadas, que condicionam o conjunto de objectivos dos personagens.

 

O elenco é constituído por um conjunto de seis actores: três homens (João Castro Gomes, Nuno Carvalho e Pedro Lamas) e três mulheres (Inês Mourão, Isabel Craveiro e Margarida Sousa) que se dividem entre as personagens da peça em encenação e os actores da “vida real”.

 

Embora a espinha dorsal da acção seja simples, aquilo que a mesma pretende atingir é bem mais complexo, dado que através de vídeos da realidade social e do comportamento dos actores, é como que se de uma lição de vida se tratasse.

 

A actualidade do texto é também evidente e o seu “alvo” está nitidamente relacionado com o complicado período social em que nos encontramos. 

No entanto, a mensagem é clara: nunca nos devemos desviar dos nossos sonhos, por mais que sejam os obstáculos colocados.

O Teatro da Politécnico continuará a ser a “casa” desta peça que continuará em exibição nos dias 01 (21:00) e 02 de Março (16:00 e 22:00).

David Barão Dias

 

Retirado de HardMúsica

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