O facto de estar sentada aqui, não me converte numa simples espectadora do que se passa lá fora, nem me deixa alapada à espera que a vida passe. Daqui ouço desabafos, faço leituras, tiro conclusões, analiso, aprendo e sobretudo não faço questão de limitar a minha prosa a determinados assuntos...deixo que se soltem ideias, emoções e sentimentos e já me posso dar ao luxo de dizer tudo aquilo que quero e que isso não me importe. Esta introdução mais ou menos banal serve para justificar uma das minhas incursões revisteiras que me levaram a encontrar um título que me chamou à atenção..."O testemunho de cinco homens acerca do que odeiam na cama..." no caso referiam-se ao aspecto de alguns pequenos nadas que os incomodavam nas suas parceiras fixas ou ocasionais.
Inevitavelmente lembrei-me de alguns desabafos de amigas que me confidenciaram alguns comportamentos de potenciais pretendentes a uma vida em comum, não sem antes e ainda bem, testarem a performance sexual dos candidatos.
Recordei o desânimo da que contrariamente ao que tudo fazia supor, dado o aspecto físico bem apessoado e transpirando virilidade do parceiro, o viu estatelado na cama de barriga para o ar, encostado ao espaldar da cama, como se estivesse numa esplanada, e ela que se mexesse, só faltava o cigarro e o prato de tremoços na mesinha de cabeceira.
Do bem falante, culto, com sentido de humor, boa formação académica e comportamento exemplar, do senhor que julgava ser o "tal", apesar da enorme diferença de idades, o que aparentemente não constituía problema. O senhor ficou tão contente com o desempenho da sua parceira que julgou ter ali algum futuro, mas...há sempre um mas, o dito cujo ressonou toda a noite e ela não pregou olho.
De manhã levantou-se e enquanto ele fazia a sua higiene matinal, ela foi preparar-lhe o pequeno almoço enquanto à cozinha chegavam todos os sons menos agradáveis de se ouvir, só porque a porta do wc. não se fechava sozinha.
Podia continuar a desenrolar uma série de confidências mais ou menos hilariantes, e de comportamentos que não abonam a favor do sexo oposto e isso deixava-me com a incómoda sensação de que meço tudo pela mesma bitola.
Felizmente são mais as coisas boas que vão sendo motivo de desabafo aqui neste assento do que as menos lisonjeiras e o certo é que todos, homens ou mulheres têm sempre queixas, ou não, há ainda por aí muita gente que vive as suas relações com o muito prazer e equilíbrio...valha-nos isso!