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As Coisas da Cultura

Porque há sempre muito para ver e para contar

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As Coisas da Cultura

26
Abr13

Sexo - Reconquiste o prazer em sete dias

olhar para o mundo

Reconquiste o prazer em sete dias

O plano de uma sexóloga que vai (re)aproximar o casal

Lembra-se da última vez que teve uma noite daquelas com o seu companheiro? Se não, siga o plano de sete dias da sexóloga Vânia Beliz e recupere o desejo sexual numa semana. A Saber Viver testou-o e conta-lhe tudo.

 

«Queres matar-me?!», retorquiu. Foi assim, em jeito de brincadeira, que o meu marido reagiu quando lhe disse que íamos entrar no programa de recuperação da vida sexual traçado pela sexóloga Vânia Beliz, autora do livro «Ponto Quê?» (Objectiva).

 

Um plano que promete, numa semana, levar a satisfação do casal aos píncaros. «Mas temos de fazer todos os dias?», questionou de imediato, denunciando algumas reticências. E, desta forma, sem mais nem menos, tínhamos identificado o que nos desviou do caminho da satisfação sexual, tal como é solicitado no primeiro dia do plano.

 

Dia 1: Refletir


«Cansaço», dissemos em uníssono. Afinal, fomos pais há nove meses e ainda não recuperámos das noites em branco. Longe disso. Ainda hoje dormimos de quatro em quatro horas e estamos sem esperança de voltar a dormir, sem interrupções, nos próximos meses. Os mais otimistas dizem que tudo passa depois do primeiro aniversário. Vamos acreditar. Após apontarmos a fadiga como razão principal por trás deste distanciamento, continuo interessada em apurar mais pormenores.

 

Das tardes inteiras de sexo no sofá da sala passámos a dias, até semanas, sem nos tocarmos. Amuados um com o outro, irritados, até. Porquê? Eu, porque passo o dia inteiro entre fraldas e biberões, ele porque chega do trabalho cansado e eu ainda lhe exijo ajuda. Isto a somar àqueles dias em que quero atenção, como mulher, e ele agarra-se ao comando da televisão.

 

Ele, porque quer sair com os amigos e eu não aprovo ou porque, muitas vezes, chega a casa e o seu lado da cama está ocupado pela filha. Nesta noite, prometi fazer um esforço e não deitei a Madalena (nome fictício) na nossa cama, também decidi controlar a minha fúria com as (poucas) saídas dele. Ele fez o seu papel e tratou dos biberões. Dormi como um anjo.

 

Dia 2: Transformar-se


Acordámos animados, como há muito tempo não acontecia. A decisão de recuperar a nossa vida sexual depressa se tornou numa prioridade. Depois de identificar o problema que, no nosso caso, foi muito fácil, cansaço, empenhei-me a cumprir as ordens da sexóloga («transforme-se») e, ao segundo dia, subi à elíptica e pedalei meia hora, no final do dia, ainda marquei uma esfoliação corporal, uma massagem e troquei o verniz das unhas. Senti-me revigorada. Cheia de vontade de recomeçar.

 

Nesse dia, sentei-me no chão do quarto com a gaveta da roupa interior espalhada. Dividi a lingerie e troquei-lhe os lugares. Para a frente passaram as cuecas de renda, com pérolas e transparências, para trás, ficaram as básicas. E, nesse mesmo dia, esperei-o com o babydoll de renda preta, que me tinha oferecido no aniversário e eu nunca tinha usado. Matámos as saudades e começamos a lidar melhor um com o outro. Afinal, já nem me lembrava da nossa última noite de sexo…

 

Dias 3 e 4: Fantasiar e brincar


O terceiro dia sugere-nos fantasiar. Foi, talvez, a parte mais difícil. A falta de tempo e de imaginação atraiçoaram-me. Lembrei-me, contudo, de um livro, da Natália Correia, que me ofereceram no meu 30.º aniversário, «Poesia Portuguesa Erótica e Satírica» (Antígona). Arrumei-o na mesa de cabeceira, em cima do «O Grande Livro do Bebé» (A Esfera dos Livros) e, depois da casa estar em silêncio, li alguns poemas para ele. Ficámos mais próximos. Ainda nos rimos e viajámos com as rimas.

 

Ao fim do terceiro dia, começámos a falar de sexo como nos velhos tempos. Renasceu a vontade de estarmos a sós e a nossa relação mostrou-se mais sólida. Até parece que a Madalena. Percebeu e começou a dar-nos mais descanso. Contudo, ao fim do terceiro dia, confesso que ainda hesitava entre uma noite de sono e uma noite de sexo. Mesmo assim, no dia 4, fui à sex shop comprar as bolas chinesas, mais conhecidas como as bolinhas do amor.

 

Há muito tempo que falava em experimentar, mas surgiam outras prioridades. Fiquei excitada com a ideia de fazer algo novo. Mais picante. Enviei-lhe uma fotografia minha, em lingerie, com uma mensagem provocadora. Eu sabia que era um dia de stress para ele e foi uma excelente maneira dele descontrair antes de chegar a casa.

 

E assim foi, chegou mais cedo do que o habitual e a reivindicar a minha promessa. Mas a nossa filha não nos deu hipótese. Foi uma daquelas noites malvadas, a chorar de hora em hora e quando conseguimos ficar sozinhos só pensámos em dormir. Esquecemos o plano, as bolinhas do amor, o sexo e a lingerie. Dormir foi mesmo a palavra de ordem.

 

Dias 5 e 6: Namorar e surpeender


No dia seguinte, antes dele ir trabalhar, já com o sono recuperado, sugeri sairmos só os dois, nessa noite. Combinei com a minha mãe ficar com a Madalena e fui buscá-lo ao trabalho. Calcei os meus botins pretos de salto alto, vesti a minha minissaia de lantejoulas e apareci pontualmente ao pé dele. Jantámos num dos nossos restaurantes preferidos e fomos dançar. Há muito tempo que não dançávamos e soube tão bem, apesar do cansaço nos ter obrigado a ir para casa mais cedo do que pensávamos.

 

O cansaço impera, é um facto, e continua a trair-nos, apesar de começarem a surgir sinais de mudança na nossa relação. Voltámos a dizer «amo-te» e a ser mais cúmplices, nem que seja pelo facto de querermos passar mais momentos juntos, ainda que, por algum motivo (o cansaço ou o choro da Madalena) não consigamos. Lidamos melhor com o facto de termos menos sexo. Mais do que fazermos amor como fazíamos antes, senti que o diálogo nos aproximou.

 

Pelo menos, para já, acho que nos aproximámos por termos assumido a existência de um problema e, posteriormente, por o termos reconhecido. Mesmo assim, o plano dos sete dias continuou. Com alguns altos e baixos, é verdade, devido à rotina. O cansaço, afinal, não desaparece em sete dias. Na véspera de terminar o programa, escrevi, de manhã, num post it «Vamos fazer o que ainda não foi feito?» e colei-o no espelho da casa de banho.

 

Se me apetecia? Não, mas achei importante. Nessa noite, não nos abraçámos e estávamos de rastos. A noitada acabou por nos alterar a vida e, se por um lado, soube muito bem, por outro, complicou-nos os horários.

 

Dia 7: Entregar-se


Comecei a sentir falta da minha filha, alguns remorsos por, nesta semana, ter passado menos tempo com ela. Deixei-a mais vezes com a avó do que é habitual e insisti para que dormisse no seu quarto sozinha, mesmo quando chorava. Mesmo assim, quis terminar o programa da sexóloga sem falhas e, ao fim dos sete dias, entreguei-me, tal como sugere Vânia Beliz. Mudei, um bocadinho, os horários das refeições da Madalena, de forma a que ela fizesse o sono maior à hora a que ele chega a casa.

 

Correu bem. Enchi a banheira de espuma e esperei-o. Uma boa estratégia para ressuscitar algum desejo adormecido, pois percebi que consigo relaxar antes do sexo e recarregar baterias para entregar-me de corpo e alma. A nossa filha colaborou e, desta vez, dormiu de seguida. Concluí que quando não se tem a mesma disponibilidade para o sexo, com dedicação e empenho a vontade surge naturalmente. E dialogar é, sem dúvida, um grande truque para recuperar o desejo, pois logo após cumprir o ponto um, o problema pareceu menor.

 

Unimo-nos e lidámos melhor com a questão, mesmo sem ter sexo. Só o desejo bastou para nos relacionarmos melhor. Afinal, queremos muito estar um com o outro, o que é bem diferente de acharmos que o outro não nos deseja. Lida-se, assim, melhor um com o outro e com os obstáculos com que nos deparamos no dia a dia.

 

A sexóloga Vânia Beliz concorda que o ponto de partida para recuperar o desejo é mesmo o diálogo. «Muitas vezes não nos apercebemos o que falta ao outro, por isso, é muito importante sair sem filhos, só os dois», para conversar e perguntar-se «Onde está o nós?», sugere a especialista. Simples mas eficaz, eu garanto!

26
Abr13

Apresentado projecto do Museu do Aljube

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Apresentado projecto do Museu do Aljube


Apresentado projecto do Museu do Aljube

O Museu do Aljube foi usado em finais do Séc. XVII como residência episcopal, sofrendo depois alterações após o terramoto de 1755.

 

Foi usado depois como prisão até 1965, ano em que foi encerrada para obras de remodelação que só terminaram em 1969, sendo entretanto demolidas as 14 celas de isolamento, (curros ou gavetas).

 

Aljube a partir de 1928 foi sendo usado acima de tudo como cadeia politica, dai o programa agora apresentado ser, Museu do Aljube- Resistência e Liberdade.

 

Nesta cerimónia tomaram palavra Catarina Vaz Pinto, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa e António Borges Coelho, Presidente do Conselho Consultivo, criado para este projecto.

 

António Borges Coelho falou “em nome das vitimas”, pois muitos “foram mortos”, revelando a sua satisfação por este projecto mas que “não apaga a memória” dos que tanto sofreram antes da Liberdade.

 

António Costa, por sua vez referiu que “estamos aqui porque temos o dever de memória mas também devemos ter o dever de gratidão, principalmente aqueles que entre 1928 e 1974 lutaram e resistiram pela liberdade”. O mesmo terminou a sua intervenção com um sentido “Viva o 25 de Abril”.

 

De referir que o projecto arquitectónico está a cargo de Manuel Graça Dias e Egas José Viera.

 

Retirado do HardMúsica

26
Abr13

Cicatrizes de Utoya vencem Sony World Photography

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Cicatrizes de Utoya vencem Sony World Photography

Série premiada mostra jovens que escaparam do massacre de Utoya - e as marcas com que ficaram.

 

Retratos de sobreviventes do massacre de Utoya deram à norueguesa Andrea Gjestvang, 32 anos o prémio de Fotógrafo do Ano nos Sony World Photography Awards.

 

A norueguesa foi seleccionada entre mais de 122 mil entradas vindas de 170 países representados no concurso. O júri sublinhou a “voz serena e poderosa” da série One Day in History, o massacre levado a cabo num campo de verão organizado pelo Partido Trabalhista (no poder). Morreram 69 pessoas, cerca de 500 sobreviveram, muitas com ferimentos.

 

Uma das sobreviventes, Ylva Helen Schenke, 15 anos, retratada na primeira imagem desta fotogaleria, conta: “Mostro as minhas cicatrizes com dignidade, porque as tenho devido a algo em que acredito. É a minha atitude na vida, é o que me mantém em pé. É como as coisas são, e tenho de lidar com isso. Não ajuda ninguém se eu entrar em depressão, muito menos a mim mesma, por isso mantenho a cabeça erguida e foco-me nas coisas boas da vida”.  

 

Noutras categorias venceram desde cenas de vida quotidiana (Itália) a paisagens (Croácia). O prémio para fotógrafo amador do ano foi para Hoang Hiep Nguyen, um jovem vietnamita de 21 anos que, há um ano, comprou a sua primeira máquina fotográfica.

 

retirado do Público

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