Teatro - Companhia da Esquina , EM BAIXO E EM CIMA – a propósito de Beckett
Em Baixo e Em Cima – a propósito de Beckett
No próximo dia 27 de Março (Dia Mundial do Teatro) a Companhia da Esquina estreará a sua mais recente produção, o espetáculo EM BAIXO E EM CIMA – a propósito de Beckett, com autoria e encenação de Jorge Gomes Ribeiro. O espetáculo ficará em Cartaz no Teatro Taborda de 27 a 30 de Março, às 21h30.
No dia 26 de Março, pelas 19h00, realizar-se-á o lançamento em livro, do texto original da peça, numa edição da Escola Superior de Teatro e Cinema, igualmente no espaço do Teatro Taborda. Este lançamento será aberto ao público e contará com apresentação de Maria do Céu Guerra e da Dra. Maria Helena Serôdio.
Ficha Técnica e Artística:
Texto e Encenação: Jorge Gomes Ribeiro
Interpretação: Sérgio Moras; Sérgio Moura Afonso e Ruy Malheiro
Fotografia: Rita Fernandes
Produção: Susana Costa e Ruy Malheiro
Sinopse:
Barrabás sempre foi vagabundo, nunca quis ser outra coisa, apenas isso, isso e olhar as estrelas.
Rostabal, esse, calcula os pormenores, as impossibilidades ínfimas.
São duas figuras em situação, dois homens e uma mala, uma sucessão de tentativas falhadas, a alteridade da sua existência, a impossibilidade de sair. Os dois jogam o jogo eterno das palavras, o jogo do reconhecimento, no intuito de sobreviver, no intuito de existir.
A propósito de Beckett
A um determinado nível este drama de inspiração beckettiana pode ser visto como o prolongamento de uma linha de rejeição da falácia da arte realista.
A reforçar esta rejeição reside o facto de que as figuras neste espetáculo são alusivas da condição de vagabundo, de uma quinta essência cómica da imagem de Charlie Chaplin.
Estas figuras do absurdo, puramente ficcionais, contrariam as personagens do dia a dia que se encontram normalmente no drama mais naturalista e relembram uma semelhança risível à imagem do homem.
Em Baixo e Em Cima, alternadamente e simultaneamente, estas figuras interpretam pequenos episódios dentro da peça, elaborados apenas sob um tema de passagem no texto ou no humor instalado, em vez de uma acção linear baseada na causa do texto dramático e respectivo efeito.
Como a linguagem, na perspectiva do absurdo, é considerada uma ferramenta cénica das mais racionais é subordinada então a efeitos não verbais e a uma inadequação constante.
Consegue-se assim chegar a uma estrutura paralela ao caos que é o seu objectivo dramático. A sensação de absurdo é conseguida e ampliada pela justaposição de factos e acontecimentos incongruentes que estimulam no público sensações irónicas e sério-cómicas.
1 Beckett, PROUST, New York, 1970
Preços e Reservas:
€ 10 - Público geral
€5 - Menores de 25 e maiores de 65 anos, Desempregados, Estudantes, Residentes, Profissionais do Espetáculo e Grupos (c/ um mínimo de 10 elementos)
contactos para reserva são o 218854190, 968015251 e o email jbelo@teatrodagaragem.com