Chico César apresenta o disco “Estado de Poesia” no Sesc Bom Retiro
Chico César apresenta o disco “Estado de Poesia” no Sesc Bom Retiro, dias 13 e 14 de fevereiro
Após ser eleito um dos melhores discos de 2015, pelos críticos, “Estado de Poesia” chega ao Sesc Bom Retiro, em São Paulo. As apresentações acontecem dias 13 e 14 de fevereiro, às 19h (sábado) e 18h (domingo), e os ingressos já estão à venda no site www.sescsp.org.br/programacao/84437_CHICO+CESAR+ESTADO+DE+POESIA#/content=saiba-mais .
No palco, Chico César (guitarra e voz), Xisto Medeiros (contrabaixo), Helinho Medeiros (teclado), Gledson Meira (bateria) e Lívia Mattos (sanfona) tocam as músicas do recente álbum "Estado de Poesia", e ainda hits de sucesso de Chico, como "Mama África"e "Pensar em você".
Versatilidade em composições harmônicas
“Estado de Poesia” (Urban Jungle/Natura Musical) é um disco que une a riqueza dos ritmos brasileiros à sonoridade universal. Num mesmo álbum, samba, forró, frevo, toada e reggae se misturam e dão vida ao novo trabalho de Chico César.
O CD tem produção do próprio artista, em parceria com Michi Ruzitscha, e produção executiva da Urban Jungle, distribuição pela Pommelo Distribuições e distribuição digital pelo Laboratório Fantasma. O projeto, que inclui gravação do álbum e turnê de lançamento por cinco capitais (João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador), foi contemplado pelo edital nacional do Natura Musical.
Sobre o disco, maturado ao longo de novas experiências vividas, Chico César diz:
"Ter passado os últimos seis anos de minha vida como gestor público de cultura na Paraíba, lugar onde nasci e vivi os meus primeiros vinte anos, agudizou minha percepção das contradições tão presentes entre pujança criativa e a relativa pobreza de meios de produção. Mas também aguçou os meus sentidos do afeto e da criação. Reencontrei-me aí com o meu lugar de nascença, inclusive com as minhas representações amorosas dele, as mesmas de sempre e outras transformadas. O resultado é este "Estado de Poesia", que paraibano nasce desde o surgimento das canções, cresce na cumplicidade com os músicos paraibanos Xisto Medeiros (baixo), Helinho Medeiros (piano, teclados e sanfona) e Gledson Meira (bateria) que criaram comigo a argamassa de base dessa casa sonora, amadurece ainda paraibano nas participações dos conterrâneos Escurinho, Luizinho Calixto e Seu Pereira que cantam comigo no disco. Finalmente, abrasileira-se e ganha mundo ao ser contemplado pelo Edital Nacional do Natura Musical - sem dúvida, um case vitorioso e inovador na relação entre a iniciativa privada e a produção musical brasileira. Reinventam-se as pessoas, as sociedades, os modos de fazer música, ouvir música e amar. Pelo sonho, pelo afeto, pelo desejo. É disso que fala este disco, que tem distribuição física da Pommelo e distribuição digital do Laboratório Fantasma. E mais não digo. Quem vos fala dele agora é Dominique Dreyfus, jornalista franco-pernambucana de longa militância na imprensa francesa e considerada por muitos aqui e alhures como autora da melhor biografia sobre nosso Luiz Gonzaga. Com a palavra, Dominique".
O que é “Estado de Poesia”?
"Conheci Chico César numa noite de agosto de 1996 em Natal. Ele ia lá para dar um show e eu para o lançar meu livro sobre Luiz Gonzaga. No restaurante onde fora organizado o encontro, entoamos um duelo – “duelo” não convém, melhor dizer “desafio”, sendo a cena no Nordeste e entre dois nordestinos - em que cada um clamava a admiração pela obra do outro. Terminado o troca-troca de elogios, jantamos e nos tornamos amigos para sempre.
A partir de então e não sei por que, Chico e eu passamos a nos encontrar regularmente de maneira totalmente inesperada, nos lugares mais improváveis… como da vez em que, para um documentário, eu estava filmando o ensaio de uma escola de samba em São Paulo e lá estava o Chico na ala dos bateristas! Mas também havia encontros devidamente programados, nos shows do Chico fosse na França fosse no Brasil… E havia os encontros virtuais, quando me chegavam os novos CDs do Chico, que sempre proporcionavam um grande momento de felicidade: sou fã desse paraibano universal!
Samba, forró, frevo, toadas, reggae, morna, a voz cabocla de Chico César se apropria de uma vasta escala das formas rítmicas com maestria e inegável sotaque harmônico nordestino levado por um time maciço de músicos paraibanos da gema: Xisto Medeiros no baixo, Gledson Meira na bateria, Helinho Medeiros no piano. Contrastando esses acentos rurais, as percussões delicadamente urbanas de Simone Sou (salvo em Negão onde entra Felipe Roseno), o acordeon moldavo (isso mesmo!) de Oleg Fateev, a guitarra de Michi Ruzitschka e um punhado de convidados especiais: as vozes de Escurinho em Sumaré, de Seu Pereira em Alberto, de Lazzo Matumbi em Negão, o trombone de Raul de Souza em Miaêro e… Confirmo: sou fã de carteirinha desse paraibano que, não há duvida, está profundamente em estado de poesia!" - Dominique Dreyfus (jornalista e pesquisadora francesa, autora do livro “Vida do Viajante”, uma biografia de Luiz Gonzaga.
Serviço:
Data: 13 (sábado) e 14 (domingo) de fevereiro