Domingo estreia-se 'A nova Bailarina', espectáculo sobre a democracia
"É um espectáculo sobre a democracia que nos remete para o papel de cada um de nós na sociedade e para a consciência cívica, abordando, através da dança, questões éticas e de valores de base de construção pessoal e social", explicou à Lusa a mesma fonte.
"A nova Bailarina", da Jangada de Pedra -- Produção de dança e teatro, estreia-se no domingo, às 16:00, no Cine Teatro São Pedro, em Alcanena, e no âmbito da Artemrede irá percorrer oito palcos em cinco concelhos.
Em Palmela, entre Abril e Maio, o espectáculo é apresentado em três palcos, no Centro Cultural do Poceirão, no Cine Teatro São João, na sede de concelho, e no Auditório Municipal do Pinhal Novo.
"A nova Bailarina" apresenta-se também em Oeiras, no dia 02 de Março, no Auditório César Batalha, e em Almada, na localidade do Feijó, na Biblioteca José Saramago, no dia 12 de Abril. O Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, no dia 23 de Maio, e o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, no dia 26 de Maio, são os outros dois palcos onde o espectáculo é apresentado.
O espectáculo propõe uma interacção com o público, explicou a mesma fonte que acrescentou: "o público é convidado a pensar, escolher e decidir, através de questões que vão sendo colocadas pela bailarina, sendo convidado a tomar posições de cidadania, unindo-se, chegando a ter de se opor à Bailarina, que, por vezes, não tem um comportamento nada democrático".
Nesta peça "a palavra está muito presente, sempre com objectivo de reforçar a consciência da ligação entre o corpo e a mente, ligando o pensamento à dança e potenciando uma nova forma de viver o lugar do corpo na sociedade", explicou a mesma fonte.
Com música de Fernando Mota, "A nova Bailarina" é interpretada por Costanza Givone, Yola Pinto, Sophie Leso e Costanza Givone.
A coreógrafa e bailarina Aldara Bizarro nasceu há 48 anos em Moçambique e iniciou os seus estudos de dança em 1971, em Angola, com a professora Ana Mangericão, da Royal Academy of Dance, mais tarde fez cursos de aperfeiçoamento em Berlim e Nova Iorque.
Como bailarina, trabalhou com Rui Horta, Paulo Ribeiro, Francisco Camacho, Joana Providência, Paula Massano, Madalena Victorino e participou no grupo de coreógrafos portugueses presentes na Europália, em Bruxelas, em 1991.
Em 1999, com Rui Nunes, fundou a Jangada de Pedra, estrutura financiada pela Direcção Geral das Artes, que actualmente dirige. Ainda, com Rui Nunes, de 2000 a 2006, concebeu e realizou o Festival WAY. Desde 2001 dedica-se à coreografia e direcção de espectáculos.
A Artemrede é uma estrutura constituída por uma rede de teatros municipais, que tem como associados várias autarquias, co-financiada em 60% através do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional).
Retirado do Sapo Música