Quatro dias depois o filme repetiu-se. Tal como tinha acontecido no passado sábado, no Estádio do Dragão, o Benfica foi derrotado por 2-1, após sofrer um golo no período de descontos. Os “encarnados” foram quase sempre superiores aos ingleses, mas a Liga Europa vai para Londres.
Ao contrário do que aconteceu no Estádio do Dragão, o Benfica apresentou-se na Arena de Amesterdão em 4x4x2, com Oscar Cardozo a jogar mais avançado e Rodrigo no apoio ao paraguaio. Lima, autor do golo “encarnado” frente ao FC Porto, ficou no banco de suplentes.
A audácia táctica de Jorge Jesus acabou por reflectir-se de forma positiva no futebol benfiquista. Sem medo do nome dos ingleses, o Benfica assumiu o controlo da partida desde o primeiro minuto e desde cedo começou a chegar com perigo junto da baliza de Cech, mas Gaitán, por duas vezes, e Cardozo não conseguiram bater o guarda-redes checo.
Aparentemente surpreendido pela atitude benfiquista, o Chelsea sentia dificuldade para libertar-se da pressão “encarnada” e, no primeiro tempo, apenas Lampard, com um remate traiçoeiro, aos 38’, teve perto de marcar para os londrinos.
No início da segunda parte o filme do jogo não foi diferente. Confiante, a equipa portuguesa instalou-se no meio campo inglês e, aos 51’, a bola entrou na baliza de Cech. No entanto, o golo foi invalidado pelo árbitro holandês Bjorn Kuipers por fora de jogo, milimétrico, de Cardozo.
A partida parecia controlado pelo Benfica, que aos 58’ voltou a criar perigo por Salvio, mas, na jogada seguinte, contra a corrente do jogo, foi o Chelsea que marcou: lançamento longo de Cech para Torres, o espanhol ganhou no duelo com Luisão, fintou Artur e colocou a bola no fundo da baliza “encarnada”.
Em desvantagem, Jorge Jesus arriscou, trocou Rodrigo e Melgarejo por Lima e Ola John e o Benfica chegou ao empate logo a seguir: mão de Azpilicueta na área, grande penalidade e Cardozo faz o 1-1.
Com as equipas a refazerem-se das emoções fortes, surgiu uma forte contrariedade para o Benfica: aos 78’, Garay teve que sair lesionado e Jorge Jesus foi obrigado a esgotar as substituições com a entrada de Jardel. No entanto, os benfiquistas não deixaram de atacar e, aos 81’, Cech evitou com uma grande defesa o segundo golo a Cardozo.
A resposta do Chelsea surgiu pelos pés do inevitável Lampard. Tal como tinha acontecido na primeira parte, o capitão dos “bleus” arriscou de fora da área, aos 88’, e o remate forte do internacional inglês bateu com estrondo na barra da baliza de Artur. A final parecia que ia ser decidida no prolongamento, mas no último minuto do período de descontos, após um canto, Ivanovic fez de cabeça 2-1 e garantiu o triunfo do Chelsea.
Retirado do Público