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As Coisas da Cultura

Porque há sempre muito para ver e para contar

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As Coisas da Cultura

04
Jul13

Um em cada quatro portugueses conhece uma vítima de bullying

olhar para o mundo

Um em cada quatro portugueses conhece uma vítima de bullying

Só 17% das pessoas reconhecem o conceito de stalking. Mas quase todos sabem o que é bullying MIGUEL MANSO

Sondagem é hoje apresentada. Dados mostram que é preciso criminalizarbullying e stalking, diz APAV

 

Alguém lhe envia todos os dias bilhetes ou flores - a mesma pessoa que está sempre a encontrar "por coincidência" nos locais que costuma frequentar, que lhe envia repetidamente emails, que andou a recolher informação sobre si e que você suspeita que é a que lhe telefona às tantas da noite mas não diz nada. Isto é stalking. E significa, no essencial, assédio persistente. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apresenta hoje os resultados de uma sondagem feita pela Intercampus sobre stalkingcyberstalkingbullying ecyberbullying. Mais de um quarto dos inquiridos dizem que conhecem alguém que já foi vítima de algum destes fenómenos e 5% assumem-se, eles próprios, como vítimas.

 

A associação não tem dúvidas de que o problema será mais frequente do que parece. Isto porque a maioria da população (mais de 80%) não conhece o significado de stalking, ao contrário do que se passa com o bullying, ainda que quase sempre reconheça os comportamentos que lhe estão associados. Para além disso, as 1014 entrevistas conduzidas foram presenciais - e as pessoas nem sempre assumem, junto de um entrevistador, o que se passa na sua intimidade, diz Daniel Cotrim, assessor técnico da direcção da APAV.

 

Muitas das atitudes e comportamentos associados ao stalking e ao bullyingestão tipificados como crime (a agressão física, por exemplo), mas outros não - "Experimente ir à polícia dizer que alguém lhe manda todos os dias rosas caras. Dizem-lhe, provavelmente, que não podem fazer nada até que essa pessoa lhe dê uma estalada. E, no entanto, isso está a ter um impacto terrível na sua vida", diz Daniel Cotrim. Esta é uma das razões que levam a APAV a pedir que stalkingcyberstalkingbullying cyberbullying sejam considerados crime.

 

É ainda necessária uma prevenção mais eficaz deste tipo de vitimação "e a promoção de um apoio mais qualificado e efectivo às vítimas deste tipo de situações".

 

O bullying é o fenómeno mais referenciado (por 88% das pessoas que se dizem vítimas ou que conhecem vítimas). A maior parte dos inquiridos reporta insultos, ameaças ou intimidações e agressões. E na maioria das vezes tudo acontece em ambiente de escola (em 55% dos casos os agressores são colegas de escola). Mas não só. Em algumas situações (13%) é um vizinho, em 10%, um desconhecido... Mas o bullying, garante Cotrim, também acontece frequentemente no local de trabalho.

 

Outra das perguntas feitas foi: "Com que frequência ocorre a situação?" Em 41% dos casos a resposta foi "diariamente", sendo que 53% das situações referidas duraram até um ano.

 

No stalking a violência mais relatada é a psicológica (ameaças, por exemplo), no cyberstalking a colocação de comentários indesejados em blogues e/ou redes sociais. No bullying o mais comum é o insulto e a intimidação e nocyberbullying as injúrias e a importunação. As vítimas procuraram apoio (57%), sobretudo, junto de familiares.

 

Comportamentos do stalker


Muito frequentes: recolher ou reunir informações sobre a vítima; enviar bilhetes e SMS; observar/perseguir, fazer esperas; espalhar rumores

 

Presentes em metade das situações: danificar bens pessoais da vítima; ameaçar (directamente ou de forma implícita ou simbólica); deixar flores/animais mortos ou outras coisas obscenas em casa ou no carro da vítima

 

Em 25% das situações: agredir fisicamente a vítima; violar ou tentar violar a vítima;

 

Em menos de 2% das situações: matar ou tentar matar a vítima.

 

Retirado do Público

10
Jun13

Como é feita a doação de óvulos e esperma?

olhar para o mundo

 Como é feita a doação de óvulos e esperma?

Existem pré-requisitos obrigatórios para mulheres e homens se tornarem candidatos.

 

Antes de uma mulher ou um homem serem considerados dadores, há um processo para avaliar as suas condições físicas e psicológicas. Em ambos os casos, existem pré-requisitos obrigatórios para se tornarem “candidatos”: têm que ter entre 18 e 35 anos e serem saudáveis, sem antecedentes de doenças de transmissão genéticas ou infecciosas.

 

No caso da mulher é feita uma avaliação psicológica. À candidata são colocadas questões sobre o que a levou a considerar ser dadora, se tem conhecimento do processo médico que irá iniciar e restantes informações relacionadas com a doação.

Ultrapassado este ponto, a mulher inicia a fase de exames médicos, que passam por um exame ginecológico e análises sanguíneas destinados a confirmar se do ponto de vista reprodutivo a potencial dadora não tem quaisquer problemas.

É também nesta fase que o centro onde será feita a doação procura características físicas e genéticas na dadora que sejam o mais compatíveis possível com as de uma mulher candidata a receber a doação, como seja a etnia, estatura, pele, cor de olhos e/ou de cabelo e grupo sanguíneo.

No seu site, a Associação Portuguesa de Fertilidade explica que “o emparelhamento entre as características da dadora e as da paciente do casal permite actualmente uma igualdade de 70% entre os genes maternos e os da dadora”. “Como o contributo materno para o bebé é de 50%, o ovócito doado leva 50x70=35% de genes maternos e 15% de genes externos. Se juntarmos os 50% do contributo paterno, dá um bebé com 85% (35%+50%) de identidade genética dos pais e só 15% de genes exógenos [que ficam limitados aos orgãos internos, e que não interferem nem no aspecto físico nem no tipo de sangue]”.

Considerada apta para doar, a mulher inicia um tratamento de hiper-estimulação dos ovários destinado a provocar uma produção de óvulos superior ao que seria habitual num ciclo. Este processo é feito através de injecções que deverão ser administradas durante nove a 12 dias, um procedimento que pode ser feito pela própria dadora. Durante este período a dadora é sujeita a ecografias para acompanhar a resposta à estimulação dos ovários. Confirmada a presença de ovócitos é feita a recolha dos mesmos. A mulher é sedada e procede-se ao que tecnicamente se chama de punção, ou seja, são aspirados os óvulos produzidos. Findo este processo, a dadora deverá ser vigiada durante algumas horas no centro onde foi feita a recolha e depois pode regressar a casa no próprio dia. As mulheres podem fazer três ciclos com doação de ovócitos, com pelo menos seis meses de intervalo entre cada um.

Os ovócitos da dadora são depois inseminados com os espermatozóides do membro masculino do casal em tratamento. A transferência dos embriões que resultaram da inseminação para a mulher receptora acontece ao terceiro ou quinto dia do desenvolvimento embrionário.

Processo mais simples para os homens
No caso da doação de espermatezóides, o processo é mais simples. O potencial dador passa pelo mesmo processo de análise psicológica e física e emparelhamento físico e genético com o elemento masculino do casal infértil. Depois de entregue uma amostra de esperma é feita uma selecção do semén doado através de um espermograma.

Perante resultados que comprovem que são respeitados os parâmetros obrigatórios, o esperma fica criopreservado para quarentena durante seis meses. Nesta fase, os homens são considerados dadores provisórios até ter passado esse período.

Ao fim dos seis meses, o dador é sujeito a novos exames clínicos para confirmar que continua com um quadro clínico saudável. A partir deste momento, o seu esperma é considerado apto para ser utilizado em técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA). No caso dos homens, as suas doações não podem dar origem a mais de oito gravidezes de termo.

A doação de ovócitos e de espermatozóides é feita de forma anónima e os dadores não têm qualquer responsabilidade sobre as crianças que nasçam com a ajuda da sua dádiva.

As doações de óvulos são aceites na esmagadora maioria dos centros médicos de reprodução assistida do país. No caso das doações de esperma, essa lista é mais reduzida.

O Banco Público de Gâmetas recebe os dois tipos de doação. O contacto pode ser feito por telefone (915676551) ou por email (bancodegametas@chporto.min-saude.pt), mas deverá ser estabelecido apenas de segunda a quinta-feira entre as 14h30 e as 17h30.

 

Retirado do Público

06
Jun13

Os 25 sintomas da doença de Alzheimer

olhar para o mundo

De todas as pessoas que sofrem de demência, estima-se que 50 a 70% dos indivíduos afetados tenham a doença de Alzheimer. Conheça os 25 sintomas que determinam o aparecimento da doença de Alzheimer e faça o melhor diagnóstico possível para aumentar a qualidade de vida de um doente.

1. A perda de memória


A maior parte dos doentes com Alzheimer não consegue lembrar das mais pequenas coisas do dia-a-dia, como por exemplo: o que fizeram no dia anterior, os nomes das pessoas que os rodeiam, o que comeram ao almoço, os animais de estimação que têm, números de telefone e conversas recentes, entre outros. Em todo o caso, a perda de memória pode não ser consistente e o fato de não se lembrar hoje não quer dizer que não o faça amanhã.

É importante lembrar que essa perda de memória é gradual, não ocorre em um intervalo de tempo pequeno. Muitas vezes são necessários meses ou até anos para que essa perda de memória comece a chamar atenção.

 

2. A agitação e o humor alterado

É comum para alguém que sofre de Alzheimer parecer ansioso ou agitado. A agitação resulta geralmente do medo, confusão, pressão ou fadiga que um doente possa sentir. Por outro lado, as mudanças radicais também contribuem para uma enorme agitação e mudança repentina de humor. Independentemente do motivo ou situação, um doente de Alzheimer pode passar de um estado calmo para um estado de raiva sem qualquer motivo aparente.

 

3. A capacidade de julgamento debilitada

Uma pessoa que tem a doença de Alzheimer tem tendência a tomar as decisões inadequadas perante uma determinada situação. Um exemplo do cotidiano está na forma imperfeita de se vestir ou na incapacidade de avaliar por si próprio aquilo que é mais seguro. Por norma, as primeiras mudanças que ocorrem no julgamento de uma pessoa estão relacionadas com a gestão das suas finanças e é quando o dinheiro começa a ser gasto de forma inusitada e incorreta.

 

4. Dificuldade em lidar com as finanças

A dificuldade em lidar com o dinheiro é um obstáculo muito difícil de ser ultrapassado para quem sofre de Alzheimer. A incapacidade de pagar contas, de fazer as compras essenciais e administrar um orçamento.

 

5. Dificuldade em realizar tarefas similares

Uma pessoa que sofre de demência leva mais tempo a concluir as tarefas mais básicas do dia-a-dia que, por hábito, já realizou milhares de vezes. Por exemplo, um cozinheiro experiente pode ter sérias dificuldades em fritar um ovo ou qualquer outro tipo de preparo de fácil realização. Isso também se estende a atividades básicas, como vestir e tomar banho.

 

6. Dificuldade no planeamento e na resolução de problemas

À medida que a demência progride, podem existir maiores dificuldades de concentraçã e comprometimento de habilidades cognitivas que prejudiquem a capacidade de planejar uma ação e, consequentemente, de executá-la. Também existe uma dificuldade de resolver problemas desde os mais complexos até os mais simples. A partir dessas dificuldades, é difícil para a pessoa com Alzheimer, com essa dificuldade instalada, tomar decisões frente a certas perguntas e situações.

 

7. Trocar o lugar das coisas

Um dos sintomas mais frequentes da doença de Alzheimer está relacionado com a troca sistemática do lugar das coisas. Por exemplo, é muito frequente encontrar as chaves de casa no congelador ou o controle da televisão na gaveta das meias, entre outras situações insólitas. Existe uma tendência ao esquecimento, mas também de deixar as coisas nos locais mais incomuns. Devido ao déficit de memória, ao comprometimento de atenção e à falta de percepção do seu estado, as pessoas com Alzheimer não só trocarem os lugares das coisas, mas também acusarem outra pessoa de esconder ou roubar os seus pertences.

 

8. A desorientação no tempo e no espaço

A percepção do tempo e do espaço é um dos problemas mais graves que afeta um doente de Alzheimer. É muito fácil ficar perdido na rua, uma vez que pode não se recordra do local onde vive, ou como voltar para casa; a pessoa pode ficar alheia a um ponto que não tem a noção das datas, estações do ano e/ou passagem do tempo, entre outras situações temporais e espaciais.

 

9. A dificuldade para se comunicar

A capacidade de uma pessoa com Alzheimer se comunicar vai diminuindo com o passar do tempo. Uma pessoa pode ter imensas dificuldades em encontrar a palavra certa, chamar as coisas pelos nomes certos e, diante destas dificuldades, inventar novas palavras, entre outras situações. A dificuldade de comunicação pode levar ao isolamento, por isso é importante ficar atento.

 

10. Vagar sem rumo

Infelizmente, cerca de 60% das pessoas com demência têm uma tendência a vagar sem qualquer tipo de destino. Isso deve-se à inquietação, medo, confusão em relação ao tempo e incapacidade em reconhecer pessoas, familiares, lugares e objetos. Em alguns casos, a pessoa pode sair de casa no meio da noite para satisfazer uma necessidade física, seja um banheiro ou comida, ou até pode querer ir para casa quando já está efetivamente em casa.

 

11. O discurso repetitivo

A repetição frequente de palavras, frases, perguntas ou atividades é uma característica da demência e da doença de Alzheimer. Esse comportamento repetitivo é provocado, por vezes, pela ansiedade, stress ou para alcançar o conforto, segurança ou familiaridade.

 

12. As dificuldades espaciais

As pessoas que sofrem da doença de Alzheimer tendem a ter dificuldades de leitura, em julgar distâncias ou a determinar a cor e/ou contraste de um determinado tipo de material. Em termos de percepção, é comum que uma pessoa em fase avançada da doençase olhe ao espelho e pense que está na companhia de outra pessoa sem se ter percebido que está diante do seu próprio reflexo.

 

13. Realizar atividades sem propósito

Realiza todo o tipo de esforços para a realização de uma atividade sem qualquer tipo de objetivo, como por exemplo abrir e fechar uma gaveta várias vezes, poderá significar que essa pessoa sofre de demência e, consequentemente, de Alzheimer. Apesar de não terem uma finalidade última, esse tipo de comportamentos revela a necessidade que uma pessoa tem em se sentir produtivo ou ocupado.

 

14. A necessidade de se afastar

A doença de Alzheimer pode ser uma doença muito solitária e pode originar uma falta de interesse geral nas mais variadas atividades sociais ou pessoais. É comum que uma pessoa que sofra desta doença deixe de fazer os seus passatempos preferidos, pois não se recorda como os faz, nem sequer sente o mesmo prazer. Nas fases iniciais da doença, pode-se perceber que alguns evitam se envolver em atividades e encontros sociais pelo déficit de memória que os impede de reconhecer as pessoas ou como usar certos objetos.

 

15. A perda da iniciativa e da motivação

A apatia, perda de interesse e de motivação em atividades sociais ou pessoais podem levar uma pessoa à depressão e, consequentemente, ao isolamento. A depressão dificulta muito a tarefa de um doente pois impede-o de articular corretamente os seus sentimentos e faz com que ele não tenha qualquer vontade ou iniciativa própria.

 

16. Esquecer de amigos e familiares

De uma forma geral, as pessoas que têm Alzheimer esquecem o que aprenderam e quem conheceram e isso faz com que não reconheçam os seus amigos e familiares mais próximos em fases avançadas da doença. Num estado avançado e final da doença, as pessoas podem apenas recordar-se dos seus pais e de apenas algumas passagens de suas vidas com eles.

 

17. A perda de habilidades motoras 

A demência afeta as capacidades motoras e interfere com o manuseio de roupas ou todo o tipo de utensílios, como as tesouras ou os garfos. Contudo, a perda das habilidades motoras e do sentido do tato podem estar relacionados com uma doença muito diferente, como a doença de Parkinson. Deve-se observar esses sintomas e comunicá-los imediatamente ao médico para um diagnóstico mais detalhado.

 

18. Dificuldade em se vestir

A forma como um indivíduo se veste diz muito sobre a condição da pessoa. No caso de um doente de Alzheimer é comum ele utilizar a mesma roupa durante vários dias, pois esquece-se que a mesma já foi usada. Por outro lado, as dificuldades em apertar ou desabotoar os botões de uma camisa ou de um casaco são devido à perda das habilidades motoras.

 

19. Desleixo com aparência

Os doentes de Alzheimer têm tendência para serem desleixados com a sua aparência e higiene pessoal, e esquecem-se, na maioria das vezes, de escovar os dentes, cortar as unhas, tomar banho e até utilizar de utilizar o banheiro para a realização das suas necessidades.

Nosso post sobre “dicas para dar banho em uma pessoa com Alzheimer” pode ser útil para você.

 

20. Dificuldade na alimentação

A diminuição do apetite e a perda de interesse e prazer pela alimentação faz com que um doente de Alzheimer se esqueça de realizar as refeições principais ao longo do dia. Existe também a hipótese de um indivíduo perder a capacidade de dizer se um alimento ou bebida está quente ou frio demais para comer ou beber. Por vezes, face ao fato de não se lembrarem de como utilizar os talheres, alguns indivíduos chegam a levar a comida com a mão até a boca.

Quanto à alimentação, ainda é possível um aumento do apetite. Para entender porque isto ocorre clique aqui.

 

21. Comportamento inadequado

Na fase terminal da doença de Alzheimer, um indivíduo pode revelar um comportamento inadequado e agir de forma atípica em várias situações distintas. Por exemplo, é comum esquecerem-se que são casados e começam a ter comportamentos sexuais inapropriados ou podem tirar a roupa em horários impróprios e em locais inapropriados.

 

22. Delírio

Os delírios e a paranóia são comuns nos doentes de Alzheimer, e alguns chegam a ter a forte convicção ou ilusão de que alguém o está perseguindo. A perda da memória e a confusão são os responsáveis principais pela má interpretação do que um doente vê e ouve.

 

23. Agressão física e verbal

A demência vai piorando com o tempo e com ela vão-se alterando os comportamentos. É normal que alguém se torne física ou verbalmente mais agressivo. As explosões verbais, gritos, ameaças e empurrões podem ser uma constante e podem surgir do nada. No entanto, é de realçar que a agressão verbal ou física pode estar relacionada com algum desconforto físico, incapacidade de comunicação ou frustração perante uma determinada situação.

 

24. Dificuldade de dormir

Alguns sintomas como a agitação, ansiedade, desorientação e confusão tendem a piorar à medida que o dia passa e podem continuar durante a noite, fazendo com que existam muitas dificuldades em dormir. Essa perturbação do sono pode estar relacionada com as alterações do relógio biológico de uma pessoa e é uma razão comum que leva muitas vezes os familiares a colocar os seus entes queridos em um lar de idosos.

 

25. Imitação ou comportamento infantilizado

Os especialistas afirmam que quem sofre da doença de Alzheimer fica completamente dependente de um determinado indivíduo e imita-o de forma infantil, chegando até a segui-lo como uma espécie de “sombra”. Este comportamento surge, muitas vezes, pelo receio em encarar a forma confusa como o mundo é e pela necessidade de ter por perto uma pessoa em quem se confia totalmente.

 

Para saber sobre os estágios da doença, clique aqui.

Se você quiser saber mais assistindo filmes sobre o tema, temos uma relação de 10 filmes sobre Alzheimer.

 

Retirado de Reabilitação cognitiva

14
Mai13

Angelina Jolie fez dupla mastectomia preventiva

olhar para o mundo

Angelina Jolie fez dupla mastectomia preventiva

Num artigo que publicou nesta terça-feira no diário norte-americano The New York Times a actriz revela que fez uma dupla mastectomia preventiva e alerta para os benefícios dos exames genéticos. “Não me sinto menos mulher”, garante.

 

Aos 37 anos, Angelina Jolie fez uma escolha a pensar nos seus seis filhos. E diz tê-la feito para que não tivessem de passar pelo mesmo que ela passou - ver a mãe morrer demasiado nova. “A minha mãe lutou contra o cancro durante quase uma década e morreu aos 56. Aguentou o suficiente para conhecer os primeiros dos seus netos e para lhes pegar ao colo. Mas os meus outros filhos nunca terão a oportunidade de a conhecer e de sentir quão amável e graciosa ela era.”

 

A actriz norte-americana escreveu um artigo de opinião que é publicado nesta terça-feira no diário The New York Times em que explica por que razão decidiu fazer uma dupla mastectomia preventiva (cirurgia em que se removem as duas mamas) depois de descobrir, através de uma série de exames médicos, que era portadora de um gene “defeituoso” (nas palavras da actriz), o BRCA1, e que por causa dele tinha forte probabilidade de vir a desenvolver cancro da mama (87%) e dos ovários (50%).

 

No texto a que chamou My medical choice (A minha escolha médica), a actriz que conhecemos como Lara Croft e que protagonizou filmes como A Troca (de Clint Eastwood) e O Turista (Florian Henckel von Donnersmarck), tendo recebido um Óscar de Melhor Actriz Secundária pelo filme Vida Interrompida(1999), não se poupa a pormenores. Fala das várias cirurgias, desde a primeira, que aumentou a probabilidade de vir a salvar os mamilos, à terceira e última, em que fez a reconstituição mamária, admitindo que sentiu dores ao longo do processo e que a maior das intervenções lhe pareceu uma cena saída de um filme de ficção científica.

 

“Quis escrever para dizer a outras mulheres que a decisão de fazer uma mastectomia não foi fácil. Mas estou muito feliz por tê-la tomado. As minhas probabilidades de vir a desenvolver cancro da mama desceram de 87% para menos de 5%. Posso dizer aos meus filhos que não precisam de ter medo de me perder para o cancro da mama.”

 

A 27 de Abril terminou três meses de procedimentos cirúrgicos relacionados com a mastectomia, mantidos em privado e sempre com Brad Pitt ao seu lado, diz. Agora, a actriz resolveu tornar pública a decisão na esperança de ajudar outras mulheres, fazendo com que beneficiem da sua própria experiência. “Cancro é ainda uma palavra que planta medo no coração das pessoas, produzindo uma profunda sensação de impotência. Mas hoje é possível descobrir, através de uma análise de sangue, se somos altamente susceptíveis ao cancro da mama e dos ovários e então tomar uma atitude.”

 

Angelina Jolie é uma das estrelas globais de Hollywood, tão famosa pelos seus filmes como pelo seu casamento com o também actor Brad Pitt e o seu trabalho em causas humanitárias. Enviada especial das Nações Unidas, a actriz não parou de trabalhar durante todo o processo que culminou com a reconstituição mamária, chegando mesmo a acompanhar o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, numa visita à República Democrática do Congo – e assistiu à cimeira dos mais altos responsáveis diplomáticos do G8 em Londres – para chamar a atenção para a violência sexual em cenários de conflito. No mesmo período, Jolie ajudou ainda a lançar um fundo para a educação das mulheres no Paquistão, promovido pela jovem activista dos direitos humanos Malala Yousafzai, que foi baleada pelos taliban em Outubro e esteve em risco de vida.

 

“Não me sinto menos mulher”, escreveu, antecipando perguntas de eventuais leitores que a vêem como um símbolo sexual, como uma actriz que alicerçou boa parte da sua carreira no cinema de acção no facto de ser uma mulher bonita com um corpo invejável (pense-se na Lara Croft de Tomb Raider e na Mrs. Smith de Mr. and Mrs. Smith, filme que co-protagonizou com Brad Pitt). “Sinto-me mais poderosa porque fui capaz de fazer uma escolha forte que de forma alguma diminui a minha feminilidade.”

 

Citando números da Organização Mundial de Saúde – o cancro da mama mata quase meio milhão de pessoas por ano em todo o mundo -, Jolie chama ainda a atenção para o facto de os custos elevados dos testes genéticos deixarem muitas mulheres sem saberem se vivem, ou não, “sob a sombra do cancro” (nos Estados Unidos custam 3000 dólares, cerca de 2300 euros). “Quero encorajar todas as mulheres, sobretudo se têm um historial de cancro da mama ou dos ovários na família, a procurar informação e médicos capazes de as acompanhar neste momento da sua vida, e a fazer escolhas informadas.”

 

A actriz dedicou também algumas linhas a agradecer ao marido o apoio constante e os momentos em que foram capazes de rir juntos, apesar de tudo: “Sabíamos que esta era a coisa certa a fazer pela nossa família e que nos aproximaria ainda mais. E assim foi.” Jolie quis apenas assegurar-se de que os filhos, que tantas vezes lhe perguntaram se ela também ia morrer com cancro como a avó, não ficariam desconfortáveis com os efeitos das cirurgias: “Eles podem ver as pequenas cicatrizes e é só. Tudo o resto é só a mamã, tal e qual como ela sempre foi. E sabem que os amo e que tudo farei para estar com eles o máximo de tempo possível.”

 

Retirado do Público

11
Mai13

Depressão e sexo

olhar para o mundo

Depressão e sexo

O impacto da doença na diminuição do desejo e no afastamento do casal

 

A depressão é uma doença muito mais comum do que à partida se poderia pensar, afetando uma em cada cinco pessoas ao longo da sua vida.

 

Portugal é o país da Europa com maior taxa de doentes com depressão e, apesar de ser um dos países com maior consumo de antidepressivos, aproximadamente um terço das pessoas com perturbações mentais continua sem tratamento.

 

A depressão caracteriza-se por sentimentos de cansaço, falta de esperança, baixa auto-estima, insónia e dor física. As consequências da depressão podem evidenciar-se em vários campos, nomeadamente na vida pessoal, sexual e profissional. A falta de tratamento desta doença pode ter consequências graves e levar em última instância ao suicídio.

 

Relação entre os problemas sexuais e a depressão


Ao afetar vários aspetos da vida quotidiana, a depressão também afeta a vida amorosa e a vida sexual. A sensação de não conseguir levar uma rotina normal, causa muitas vezes o distanciamento entre parceiros, levando a pessoa com depressão a sentir-se pouco desejada ou amada.

 

Estudos demonstram que duas em cada três pessoas afectadas pela depressão perdem o interesse pelo sexo, sendo este um resultado de desequilíbrios químicos no cérebro, que podem ser acompanhados por falta de energia, ganho de peso de perturbações do sono.

 

Por outro lado, a falta de desejo sexual pode ser uma consequência de tratamentos antidepressivos, pelo que é importante avaliar o impacto destes medicamentos na vida sexual de cada paciente, de forma a proceder a alterações na terapêutica, se for caso disso.

 

As principais consequências da depressão na vida sexual incluem:

 

Nos homens, a falta de motivação e o cansaço podem ser associados à falta de libido e a problemas de ereção.

 

Nas mulheres, a falta de actividade cerebral tende a ser associada ao baixo interesse pelo sexo e muito frequentemente à dificuldade em atingir o orgasmo.

 

O cérebro é um órgão altamente sensível, sendo neste órgão que a estimulação sexual começa. A depressão influencia os neurotransmissores responsáveis pelo desejo sexual, causando desequilíbrios na resposta ao estímulo sexual.

 

Como se podem tratar os problemas sexuais e a depressão?


Tratar a depressão é sempre o primeiro passo, uma vez que à medida que esta condição é curada, o desejo sexual é recuperado. Existem formas de contornar os efeitos secundários dos medicamentos antidepressivos na sua vida sexual, sem comprometer o tratamento. Discutir este assunto com o seu médico é fundamental, uma vida sexual saudável é importante para o bem-estar pessoal e pode ajudar a encarar a depressão de forma mais positiva.

 

A maioria das pessoas com depressão pode notar melhorias quando adopta uma rotina de exercício físico, tal como desporto ou dança, pelo que se a falta de vontade sexual, não lhe permite uma vida sexual normal, comece por outras actividades com o(a) sua/seu parceiro(a), de forma a manter uma relação próxima entre o casal. A depressão ou o seu tratamento podem não ser, no entanto, a única causa dos seus problemas sexuais.

 

Outros problemas de saúde como a diabetes, a esclerose múltipla e a tensão arterial, podem influenciar a sua vida sexual. O tratamento com anti-epiléticos, anti-hipertensores ou antidislipidémicos, também pode causar perturbações, bem como o consumo de álcool, canábis, opiáceos e anfetaminas. Falar abertamente com o(a) seu/sua parceiro(a) e o seu médico sobre os seus problemas sexuais é o principal passo para a sua resolução e para uma vida sexual saudável.

 

Retirado do Sapo Múlher

08
Mai13

Depressão e sexo

olhar para o mundo

Depressão e sexo

O impacto da doença na diminuição do desejo e no afastamento do casal

A depressão é uma doença muito mais comum do que à partida se poderia pensar, afetando uma em cada cinco pessoas ao longo da sua vida.

 

Portugal é o país da Europa com maior taxa de doentes com depressão e, apesar de ser um dos países com maior consumo de antidepressivos, aproximadamente um terço das pessoas com perturbações mentais continua sem tratamento.

 

A depressão caracteriza-se por sentimentos de cansaço, falta de esperança, baixa auto-estima, insónia e dor física. As consequências da depressão podem evidenciar-se em vários campos, nomeadamente na vida pessoal, sexual e profissional. A falta de tratamento desta doença pode ter consequências graves e levar em última instância ao suicídio.

 

Relação entre os problemas sexuais e a depressão


Ao afetar vários aspetos da vida quotidiana, a depressão também afeta a vida amorosa e a vida sexual. A sensação de não conseguir levar uma rotina normal, causa muitas vezes o distanciamento entre parceiros, levando a pessoa com depressão a sentir-se pouco desejada ou amada.

 

Estudos demonstram que duas em cada três pessoas afectadas pela depressão perdem o interesse pelo sexo, sendo este um resultado de desequilíbrios químicos no cérebro, que podem ser acompanhados por falta de energia, ganho de peso de perturbações do sono.

 

Por outro lado, a falta de desejo sexual pode ser uma consequência de tratamentos antidepressivos, pelo que é importante avaliar o impacto destes medicamentos na vida sexual de cada paciente, de forma a proceder a alterações na terapêutica, se for caso disso.

 

As principais consequências da depressão na vida sexual incluem

 

Nos homens, a falta de motivação e o cansaço podem ser associados à falta de libido e a problemas de ereção.

 

Nas mulheres, a falta de actividade cerebral tende a ser associada ao baixo interesse pelo sexo e muito frequentemente à dificuldade em atingir o orgasmo

 

O cérebro é um órgão altamente sensível, sendo neste órgão que a estimulação sexual começa. A depressão influencia os neurotransmissores responsáveis pelo desejo sexual, causando desequilíbrios na resposta ao estímulo sexual.

 

Como se podem tratar os problemas sexuais e a depressão?


Tratar a depressão é sempre o primeiro passo, uma vez que à medida que esta condição é curada, o desejo sexual é recuperado. Existem formas de contornar os efeitos secundários dos medicamentos antidepressivos na sua vida sexual, sem comprometer o tratamento. Discutir este assunto com o seu médico é fundamental, uma vida sexual saudável é importante para o bem-estar pessoal e pode ajudar a encarar a depressão de forma mais positiva.

 

A maioria das pessoas com depressão pode notar melhorias quando adopta uma rotina de exercício físico, tal como desporto ou dança, pelo que se a falta de vontade sexual, não lhe permite uma vida sexual normal, comece por outras actividades com o(a) sua/seu parceiro(a), de forma a manter uma relação próxima entre o casal. A depressão ou o seu tratamento podem não ser, no entanto, a única causa dos seus problemas sexuais.

 

Outros problemas de saúde como a diabetes, a esclerose múltipla e a tensão arterial, podem influenciar a sua vida sexual. O tratamento com anti-epiléticos, anti-hipertensores ou antidislipidémicos, também pode causar perturbações, bem como o consumo de álcool, canábis, opiáceos e anfetaminas. Falar abertamente com o(a) seu/sua parceiro(a) e o seu médico sobre os seus problemas sexuais é o principal passo para a sua resolução e para uma vida sexual saudável.

 

Retirado do Sapo Mulher

02
Mai13

Afrodisíacos light

olhar para o mundo

Afrodisíacos light

Alimentos pouco calóricos que proporcionam momentos de intimidade intensos

Existem alimentos e substâncias que têm o condão de potenciar o apetite sexual. Muitas delas, como o chocolate, as bebidas alcoólicas, o abacate e as avelãs, têm contudo a desvantagem de ser demasiado calóricos.

 

É extensa a lista de alimentos a que são atribuídas propriedades afrodisíacas. Selecionámos alguns dos menos calóricos. Para que os possa consumir com todo o prazer, mesmo que esteja a fazer dieta.

 

O seu poder a este nível é indesmentível. Estes são os mais recomendados, de acordo com Vicki Edgson e Ian Marber, autores do livro «O Nutricionista – O que se deve comer para dormir melhor e ter melhor sexo», publicado em Portugal pela Didáctica Editora:

 

- Cogumelos

Contêm apenas 14 calorias por 100 g. São ricos em vitaminas do complexo B e cálcio. Contribuem para a produção de energia, sem a qual não existiria libido. Além disso, despertam a sensibilidade ao tato e ajudam à contração muscular associada à ereção masculina e ao orgasmo feminino.

 

- Tomate

Fornece apenas 19 calorias por 100 g. Este fruto, que muitos pensam ser um legume, tal como a abóbora, é rico em betacaroteno, precursor da vitamina A. É ital na produção das hormonas sexuais masculinas e femininas, promove a fertilidade e regula o desenvolvimento das hormonas sexuais.

 

- Papaia

Contém 39 calorias por 100 g. Fonte de vitamina C, estimula o impulso sexual, aumenta o volume do sémen e assegura a sua fluidez. Fortalece ainda os órgãos sexuais masculinos e femininos.

 

- Espargos

São um alimento hipocalórico que não vai além das 17 kcal por 100 g. Poderosos estimulantes dos rins e do fígado, libertam energia lentamente e têm um efeito laxante. São ricos em vitaminas C e K, betacaroteno, ácido fólico, fósforo, potássio e fibra.

 

- Morangos e framboesas

A sua cor estimulante e o seu formato pequeno tornam-nos ideais para brincadeiras apaixonadas. Leve um destes frutos lentamente à boca do seu parceiro, terminando com um beijo apaixonado. Se preferir, ingira um de forma insinuante e sensual, provocando-o e excitando-o. Uma dose de morangos contém apenas 29 calorias por 100 g.

 

- Espinafres

Contêm apenas 22 calorias por 100 g. Aumentam os níveis de energia no organismo, intensificando a relação e os movimentos dos músculos, incluindo os sexuais. O seu elevado teor de potássio tem ainda uma função reguladora, equilibrando os níveis de gordura no sangue.

 

Retirado de Sapo Mulher

07
Abr13

Os truques dos médicos para burlar o Estado

olhar para o mundo
Os truques dos médicos para burlar o Estado
Das 59 acusações feitas em 2012 pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, 16 envolvem esquemas com remédios. Foi desmantelada uma rede que operava no serviço de Psiquiatria de um grande hospital e detectadas fraudes em Centros de Saúde do país.

O esquema funcionava em plena luz do dia no serviço de Psiquiatria de um grande hospital do país. Através de receitas prescritas por duas médicas – uma delas coordenadora – a enfermeira e o técnico administrativo daquele serviço aviavam, em nome dos doentes, um medicamento extremamente caro na farmácia, onde aquele técnico também trabalhava. A fraude envolvia sempre o Risperdal Consta, para a depressão e esquizofrenia, que é comparticipado a 100% pelo Estado e tem custos elevados: só uma embalagem de 50 mg custa 195,28 euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Era este o ganho da ‘rede’ por cada embalagem. 

O esquema durou dois anos. Por serem tratamentos longos, os doentes tinham de ir ao hospital renovar a receita para adquirir o remédio nas farmácias, voltando depois para que a enfermeira o administrasse através de uma injecção. Mas esta e o cúmplice pediam às médicas que assinassem muitas mais receitas do que as necessárias. E se muitas vezes entregavam algumas aos doentes, ficando com as restantes, em outras situações nem davam aos utentes a prescrição, dizendo que lhes arranjavam os medicamentos. 

Prejuízos de 100 milhões 

Esta foi uma das situações investigadas pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), que no ano passado fez 59 acusações, a que o SOL teve acesso. E 16 delas são de fraudes com medicamentos. 

Alguns dos casos foram encaminhados para a Polícia Judiciária (PJ), que através da sua Unidade de Combate à Fraude no SNS já detectou 80 situações desde que iniciou funções, há menos de um ano. Segundo o ministro da Saúde, estão em causa prejuízos de quase 100 milhões de euros. 

No caso que envolve o serviço de Psiquiatria, a IGAS ordenou a suspensão dos quatro envolvidos, mas alega que não apurou a totalidade dos prejuízos por não ter sido possível ainda detectar a quantidade de receitas prescritas e usadas efectivamente pelos doentes, nos casos em que eram usados nomes de pessoas que estavam a ser tratados com Risperdal. Mas o inspector que investigou o caso diz ter conseguido contabilizar pelo menos sete mil euros em prejuízos para o SNS, só em receitas aviadas com doentes que não consumiram aquele produto. 

Receitas com centenas de comprimidos num só dia 

Outro dos esquemas punidos pela IGAS envolvia um médico de família que fez ‘um acordo’ com um delegado de informação médica. 

Auxiliado pelo pessoal administrativo, inscreveu doentes na sua lista e, sem estes saberem e muitos nem terem sequer ido ao centro de saúde, emitiu receitas em nome deles com medicamentos caros comparticipados a 90% pelo SNS. As receitas eram depois aviadas por outras pessoas em várias farmácias de Norte a Sul do país: os cofres do Estado foram lesados em pelo menos 30 mil euros e a IGAS ordenou a demissão do médico. 

Apanhado foi também um outro clínico que não dava todas as vias da receita aos doentes. Além disso, depois das visitas da proprietária de uma empresa farmacêutica, pedia às funcionárias administrativas que inscrevessem um certo número de doentes na sua lista e, nesse dia, sem nunca os ver, passava receitas falsas em nome deles com os produtos sugeridos pela farmacêutica. 

Por outro lado, receitava aos doentes enormes quantidades de comprimidos, muito acima do necessário. E isto com dezenas de medicamentos diferentes. Um dos casos dizia respeito à Sinvastatina, um produto para o colesterol 100% comparticipado pelo SNS. O médico «prescreveu 13 embalagens, num total de 780 comprimidos para 10 meses» – quando cada embalagem «traz 60 comprimidos», o que daria para «dois meses de tratamento», refere a IGAS no despacho de acusação, onde propõe a suspensão do profissional. 

Também foi o excesso de receitas a um doente que denunciou um psiquiatra: num só dia, prescreveu a uma pessoa 24 embalagens de Xanax (1440 comprimidos) e 14 de Socian (280 ampolas) que custaram 98,10 euros ao SNS. Já um outro médico de família foi descoberto a receitar medicamentos de um determinado laboratório, tendo depois recebido bilhetes para importantes jogos de futebol. 

Análises ao cancro sob suspeita 

Nas acusações da IGAS constam também casos em que são envolvidos profissionais com cargos de chefia. Por exemplo, um chefe de serviço de Clínica Geral e familiar foi detectado a passar 36 receitas a uma utente que não constava da sua lista de doentes, mas de uma colega: só aqui terá lesado o SNS em quatro mil euros. 

Muitos destes casos isolados são encaminhados para a PJ, que os investiga, detectando redes e prejuízos de milhões ao SNS. 

O Governo pretende reforçar a caça a esta fraude e vai aumentar o número de inspectores na IGAS. Ao mesmo tempo, o ministro da Saúde anunciou que vai alargar a investigação aos meios complementares de diagnóstico. «Há médicos que requisitam análises e outros meios de diagnóstico em excesso. E é preciso ver se é apenas má prática médica ou fraude», explica fonte do sector. 

Aliás, a IGAS acusou já em 2012 um médico de família que prescreveu «a muitos dos seus utentes meios complementares de diagnóstico, nomeadamente análises, em excesso e sem fundamentação» – lê-se no despacho de acusação. Pediu, por exemplo, hemoglobina para doentes que não eram diabéticos e passou requisições para a realização de marcadores tumorais numa periodicidade fora do normal. 

Além de apostar no combate à fraude, a IGAS privilegiou também a ‘caça’ aos médicos que não picam o ponto, ou seja, que recusam efectuar o registo biométrico de assiduidade. Ao todo, foram feitas 12 acusações a profissionais, grande parte directores e chefes de serviço. Um deles, confrontado pela IGAS, alegou «que não havia desinfectante junto aos terminais do sistema biométrico». 

De resto, a maioria das restantes acusações decretadas pela IGAS, em 2012, resultou de casos relacionados com negligência.

catarina.guerreiro@sol.pt

 

Retirado do Sol

23
Mar13

O que acontece com o corpo da adolescente grávida

olhar para o mundo

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A seguir, explicações para entender o que acontece quando o corpo de uma garota de 10 a 19 anos, que ainda está em desenvolvimento, recebe a tarefa de gerar uma criança

 

1. O número de adolescentes grávidas diminuiu no Brasil?

“Sim, a quantidade de adolescentes grávidas tem diminuído, mas, ainda assim, o número de partos é muito alto. No Amparo Maternal, fazemos 800 partos por mês e um terço deles é em adolescentes. Ou seja, todos os meses, cerca de 250 meninas com menos de 19 anos dão à luz aqui”, observa Eder Viana de Souza, obstetra do hospital Santa Catarina, de São Paulo. Eliane Terezinha Rocha Mendes, ginecologista e coordenadora médica do Hospital Estadual Mário Covas de Santo André (SP), completa: “A gravidez na adolescência está relacionada a fatores como baixa autoestima, dificuldade escolar, abuso de álcool e drogas, comunicação familiar escassa, conflitos familiares, pai ausente ou rejeitador, violência física, psicológica e sexual e rejeição familiar pela atividade sexual”.

 

2. Existe alguma vantagem na gestação de uma adolescente?

“Considerando que a adolescência vai até os 19 anos, não há nenhuma vantagem do ponto de vista médico. Os ossos da bacia não estão bem formados, o que dificulta a passagem do bebê. Além disso, existe a imaturidade comportamental. É difícil que as mães adolescentes façam o pré-natal de maneira correta e responsável. Em resumo, podemos apontar principalmente desvantagens em uma gravidez tão precoce. A única vantagem seria o fato de a adolescente ser muito fértil”, explica Alexandre Pupo, ginecologista do hospital Sírio Libanês, de São Paulo. “Alguns autores sustentam a ideia de que a gravidez pode ser bem tolerada pelas adolescentes desde que elas recebam assistência pré-natal adequada, ou seja, precocemente e de forma regular, durante todo o período gestacional. Isso nem sempre acontece, devido a vários fatores, que vão desde a dificuldade de reconhecimento e aceitação da gestação pela jovem até a dificuldade para o agendamento da consulta inicial do pré-natal. A meu ver, não existe vantagem da gestação na adolescência”, completa Eliane.

 

3. Quais são os perigos de uma gravidez na adolescência? Elas têm mais chance de ter um parto prematuro?

“A gravidez na adolescência gera impacto físico, emocional, familiar e social. Do ponto de vista médico, existe maior chance de parto prematuro, além de baixo peso ao nascer. Comparada a uma adulta, a adolescente tem maior incidência de anemia e infecção urinária ao longo da gestação”, alerta Eduardo Zlotnik, obstetra do hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Além desses, Eliane Terezinha Rocha Mendes, ginecologista do Hospital Estadual Mário Covas, conta que essas meninas podem ter problemas relacionados a pressão arterial, complicações no parto, como lesões no canal do parto e hemorragias, o bebê pode ter sofrimento fetal e elas costumam ter ainda dificuldade para amamentar e maior incidência de infecções, especialmente no endométrio.

 

Para Alexandre Pupo, ginecologista do hospital Sírio Libanês, de São Paulo, a dificuldade está em conseguir o comprometimento das pacientes: “São mulheres ainda meninas. É difícil que assumam o compromisso de fazer o pré-natal direitinho. A maioria não tem responsabilidade. Pedimos exames e elas não fazem, tentamos controlar a alimentação e elas engordam muito além do planejado, faltam às consultas. Além disso, outro problema grave é quanto à imaturidade do corpo, que ainda não está pronto – o fato de a menina menstruar não significa que o corpo esteja preparado para uma gravidez. Existem órgãos que ainda estão em desenvolvimento, como o útero. Uma das consequências dessa imaturidade é que o parto normalmente precisa ser cesariano porque os ossos são muito estreitos”.

 

4. Adolescentes grávidas precisam de cuidados especiais ou são os mesmos de qualquer gravidez?

“A gravidez na adolescência deve ser considerada uma gravidez de risco. Deve ser atendida por uma equipe multidisciplinar, composta de obstetra, psicóloga, assistente social e outras especialidades quando se faz necessário”, indica a ginecologista Eliane Terezinha Rocha Mendes, do hospital Mário Covas. Alexandre Pupo, ginecologista do hospital Sírio Libanês, enfatiza a importância de a adolescente ter acompanhamento psicológico, “principalmente para manter a paciente na linha”.

 

5. O que muda no corpo de uma menina que teve uma gravidez aos 16 anos?

“As mudanças no corpo são as mesmas de uma mulher adulta, porém as marcas que ficam costumam ter maior impacto na adolescente. Marcas como espinhas, estrias e dificuldade de voltar ao peso habitual. Existe o impacto de sobrecarregar um corpo ainda em crescimento, o que poderia justificar, por exemplo, menor peso do recém-nascido. Porém ainda não se mostrou a relação entre causa e efeito em todas as gestantes”, alerta Eduardo Zlotnik, obstetra do hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. O aparecimento de estrias é realmente preocupante, como explica Alexandre Pupo, ginecologista do hospital Sírio Libanês: “A pele da adolescente é mais firme do que a de uma mulher de 30 anos, por exemplo, por isso a pele rasga mesmo enquanto a barriga e as mamas crescem. Além das estrias, que são para sempre, muda também a distribuição de gordura no corpo e os mamilos escurecem e não voltam ao que eram”.

 

6. Quem cuida da criança quando ela nasce?

“Na grande maioria dos casos, depois que o bebê nasce, quem cuida são os pais da menina (a mãe)”, informa o obstetra Eder Viana de Souza, do hospital Santa Catarina, de São Paulo.

 

7. As meninas que engravidam durante a adolescência param de estudar?

“Posso falar sobre a minha impressão pessoal graças ao contato com essas adolescentes no Amparo Maternal e no consultório particular. As pacientes do consultório, que são das classes A e B, continuam estudando porque a família normalmente apoia. As meninas de classes mais baixas param de estudar e muitas já nem estudam mais quando engravidam”, conta Eder Viana de Souza, obstetra do hospital Santa Catarina, de São Paulo.

 

8. Hoje em dia os adolescentes – meninos e meninas – têm acesso à informação. Por que continuam tendo filhos tão cedo?

“Existem fatores próprios da idade, como enfrentamento e rebeldia, que são normais na adolescência. Além disso, eles têm mais informações sobre prevenção, mas, na mesma medida, têm mais informações sobre sexo. Eu diria que o adolescente de hoje é mais precoce na atividade sexual e isso desencadeia outros fatores”, diagnostica o obstetra Eder Viana de Souza, do hospital Santa Catarina. Para Alexandre Pupo, ginecologista do hospital Sírio Libanês, a gravidez na adolescência está, muitas vezes, ligada a questões sociais: “Para algumas meninas, engravidar é uma fuga, pois elas saem da casa dos pais. Para outras, dá status. Ela é promovida de menina a mulher, ganha responsabilidades de dona e casa e, consequentemente, mais respeito”.

 

9. Adolescente grávida precisa de acompanhamento psicológico?

“O acompanhamento psicológico é importante para qualquer gestante, mas no caso da adolescente é necessário, pois a gravidez muda o destino dela. É uma gravidez indesejada – na maioria dos casos – e traz muitas sequelas, como punição dentro de casa, o grupo de amigos se afasta, elas correm mais risco de ter doenças sexualmente transmissíveis e o pré-natal já começa tarde porque elas escondem enquanto podem. Já tive, inclusive, uma paciente que deu à luz e a mãe dela nem sabia que a menina estava grávida”, relata o obstetra Eder Viana de Souza, do hospital Santa Catarina, de São Paulo.

 

10. O que o governo, as escolas e a sociedade deveriam fazer para diminuir o número de grávidas adolescentes?

“Muito. A sociedade tem de trabalhar juntamente com as escolas e educar, buscando novas formas de atingir o jovem. Não apenas fazê-los receber as mensagens ou ter conhecimento, mas assumir as responsabilidades próprias da expressão da sexualidade de cada um, em cada idade. O governo tem estimulado os programas de saúde da família a enfrentar esse problema como uma de suas prioridades”, analisa Eduardo Zlotnik, obstetra do hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Eder Viana de Souza, obstetra do hospital Santa Catarina, de São Paulo, diz que a orientação nas escolas é feita, normalmente, por meio de palestras, mas isso não é suficiente. “É muito pouco. As escolas deveriam ter um médico lá dentro, orientando no dia a dia, falando sobre como se prevenir, o que fazer, o que não fazer”, completa.

 

Retirado de Bebe.com

14
Mar13

Dia 2 de Abril - DIA MUNDIAL PARA A CONSCIENCIALIZAÇÃO DO AUTISMO

olhar para o mundo

Azul contra o autismo

 

Neste DIA MUNDIAL PARA A CONSCIENCIALIZAÇÃO DO AUTISMO a Vencer Autismo e a Vencer Autismo Espanha em sinergia com a associação americana AUTISM SPEAKS vamos fazer do mundo um lugar mais azul! =)

Movimento "Ligh It Up Blue" / "Iluminar de Azul" está presenta em todo mundo e consiste em iluminar Câmaras Municipais de azul, monumentos históricos, casas, mas não só edifícios. Deixamos algumas ideias que podem utilizar para ajudar nesta causa de sensibilização do tema autismo:

- Usar roupa azul e perguntar aos seus amigos, colegas de trabalho e escolas para vestir azul também;

- Compre lâmpadas azuis para substituir a iluminação exterior de sua casa ou mais barato compre filtros iluminação azul para cobrir iluminação existente;

- Coloque o seu Facebook e Blog com cores azuis e faça um comentário no seu status "Azul para brilhar uma luz sobre o autismo.";

NA ESCOLA (se é professor ou trabalha numa escola ou faz parte dos encarregados de educação lance o desafio):

- Iluminar a escola de azul!É fácil, basta colocar uma película azul sob as lâmpadas que já iluminam a escola;

- Organizar um concurso de arte sobre o autismo e os melhores desenhos ficarem expostos na escola num lugar de honra;

- Organizar uma festa de beneficência em favor do autismo;

- Pedir a alunos e professores para se vestirem de azul neste dia.

Têm mais ideias? Vamos tornar o dia 2 de Abril ainda mais azul? Aceitam o desafio? 

Com amor,
Vencer Autismo


Retirado do Facebook 

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