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As Coisas da Cultura

Porque há sempre muito para ver e para contar

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As Coisas da Cultura

21
Jun17

Produtos do Alentejo protagonistas em Madrid

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Produtos do Alentejo protagonistas em Madrid

Pela mão do Terras sem Sombra, o pão, o queijo e o vinho – três elementos fundamentais da alimentação tradicional do Alentejo – vão ser os protagonistas, a 22 de Junho, da Escuela de Artes, num dia consagrado ao Alentejo de um dos principais encontros de chefs, críticos e líderes da opinião gastronómica de Espanha. A iniciativa faz parte do curso Entre a Tradição e a Vanguarda: Uma Viagem pelo Mundo dos Sabores, que se realiza no Circulo de Bellas Artes em Madrid e que dá cartas para interpretar criticamente as novas correntes na culinária e as práticas criativas a elas associadas, um fenómeno muito em voga e que pode trazer um contributo decisivo para o turismo sustentável, alicerçado na cultura e na natureza.
 
A apresentação destes activos do paladar alentejano, aptos a conquistarem outros mercados, será feita por quem conhece bem os seus segredos. O antropólogo Carlos Pedro revelará a tradição artesanal do fabrico do pão em Castro Verde e os desafios de uma industrialização que procura respeitar a essência da manufactura. O empresário José Guilherme, da Queijaria Guilherme, trará a Madrid, terra com pergaminhos na degustação de queijo, o testemunho dos queijos de Serpa, cada vez mais procurados pela restauração espanhola. Os enólogos Luís Leão, da Adega Cooperativa da Vidigueira, e Luís Mota Capitão, da Herdade do Cebolal, em Santiago do Cacém, destacarão as particularidades dos vinhos do Alentejo e da região de Setúbal, mostrando as complementaridades de duas áreas vinícolas cujos terroirs convergem em solo alentejano.

“Fruto de um diálogo iniciado em 2016, a parceria com a Escuela de Artes reflecte as preocupações do Terras sem Sombra em torno da afirmação do Alentejo como um destino internacional de arte e natureza”, assinala José António Falcão, director do Terras sem Sombra. “O património gastronómico é uma marca forte da nossa identidade e ajusta-se à perfeição ao objectivo de proporcionar, com o festival, uma experiência única do território em que itineramos.”, realça o director da iniciativa de património, música e biodiversidade.

O crítico musical e professor universitário Juan Ángel Vela del Campo, responsável artístico pelo Terras sem Sombra, é um grande entusiasta desta ideia. Membro da Real Academia Espanhola de Gastronomia, tem sido um embaixador activíssimo na promoção do que de melhor se come e bebe no Alentejo: “Espanha está finalmente a ultrapassar o desconhecimento que teve de Portugal, ao longo de gerações, e isto traduz-se numa abertura à cultura lusa que merece reflexão; mas torna-se indispensável captar as novas gerações, cujo interesse pela cozinha tradicional é palpável”.

No Terras sem Sombra, o desafio prende-se sobretudo com a autenticidade dos patrimónios dados a conhecer, com a qualidade da programação e com a mobilização das comunidades locais. A visão de fundo defendida pelo festival é que se torna fundamental vinculá-lo ao desenvolvimento cultural, mas também social e económico, do Alentejo. Daí a atenção posta na valorização dos produtos de excelência da região.
04
Mai17

Esperanza Fernández, diva flamenca, canta José Saramago em Serpa

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Esperanza Fernández, diva flamenca,
canta José Saramago em Serpa

Serpa será a próxima localidade do Baixo Alentejo a receber o Terras sem Sombra, após Almodôvar, Odemira, Santiago do Cacém e Castro Verde. O festival defende um programa de excelência na área da música sacra e desvela as histórias de palácios, igrejas e outros monumentos das povoações, estabelecendo pontes entre o património imaterial e material. A realização de acções de voluntariado para a salvaguarda da biodiversidade é outra das suas marcas.
Todos os concertos decorrem em igrejas recuperadas ao longo dos últimos anos, mas Serpa constituirá a excepção: o espectáculo terá lugar na praça principal da cidade, no dia 6 de Maio, às 21h30.
 
 

 

Escutar a alma do cante jondo

O flamenco na sua dimensão pura chega ao Alentejo por uma das mais belas e expressivas vozes da actualidade, a da cantaora Esperanza Fernández, acompanhada pelo grande guitarrista Miguel Ángel Cortés e, na percussão, por outras referências da música andaluza: Jorge Pérez «El Cubano», Dani Bonilla e Miguel Junior. Temas profundamente religiosos, como o Agnus Dei, o Kyrie ou o Cordero de Dios, vertidos na liturgia popular em ritmos de soleá, petenera ou siguriya, alternam com outros inspirados por José Saramago, a quem a cantaora sevilhana do bairro de Triana dedicou um disco, intitulado Mi voz en tu palabra.

Pouco conhecida entre nós, a não ser no aspecto folclórico, a devoção andaluza estabelece notáveis pontes entre a espiritualidade e a arte. Revisitando a herança espiritual de Sevilha a partir do cante jondo, Esperanza evoca a religiosidade do povo cigano, a que pertence, e aproxima-a com encanto da poesia de José Saramago.

A realização deste espectáculo em plena Praça da República de Serpa, a poucos metros da antiga Porta de Sevilha, outrora rasgada nas muralhas desta cidade, é um sinal bem expressivo da abrangência, em clave ibérica, com que o Terras sem Sombra encara as relações entre a música religiosa e a sociedade dos nossos dias. Na verdade, ajusta-se à 13.ª edição do festival, que tem como fio condutor “Da Espiritualidade na Arte”.
 
Um tesouro alentejano: o palácio dos Marqueses de Ficalho

A tarde de sábado é consagrada a uma visita ao centro histórico de Serpa, que se inicia às 14h30, junto à Câmara Municipal, e terá por fulcro o palácio dos Marqueses de Ficalho. Este notável edifício, residência particular da família Ficalho e classificado como Monumento Nacional, abre ao público as portas, excepcionalmente, nesta ocasião.

Sito na zona alta de Serpa, o palácio insere-se no conjunto das muralhas. Trata-se de um exemplar erudito da arquitectura civil maneirista, fiel aos princípios da tratadística italiana de Quinhentos, e que chegou quase inalterado à actualidade.
 
Proteger a biodiversidade da Serra de Ficalho
 
Na manhã de domingo, com partida de Serpa às 10h00, a Serra de Ficalho será o alvo de uma acção de salvaguarda da biodiversidade que tem por centro o olival tradicional. Atingindo 518 m de altura, é a elevação mais relevante da vasta mancha de terrenos metamórficos que se estende desde a fronteira até Montemor-o-Novo, constituindo um relevo de rochas carbonatadas no seio de uma matriz xistosa. A existência de matagais densos e fechados permite o abrigo de muitas espécies de mamíferos, nomeadamente o lince ibérico.

A diferenciação do património natural desta zona verifica-se também ao nível do uso do solo e, especialmente, da vocação da serra para a cultura do olival, de cariz tradicional, com muitas variedades locais (Cordovil de Serpa, Galega, Verdeal Alentejana, Carrasquenha, Bico de Corvo, Cornicabra, Gama e Maçanilha). Partindo de Vila Verde de Ficalho, será realizado um percurso de descoberta do território raiano nas componentes geológicas, biológicas e da sua riquíssima tradição olivícola.

Programa Serpa
 
6 Maio
 
Património
14:30 – 17:30 – Visita ao Centro Histórico
Local em destaque – Palácio dos Marqueses de Ficalho
Ponto de encontro – Praça da República
 
Música
21H30 – A Minha Voz na Tua Palavra: Da Devoção Popular à Poesia de Saramago
Local: Praça da República
 
Cantaora: Esperanza Fernández
Guitarra: Miguel Ángel Cortés
Palmas e percussão: Jorge Pérez “El Cubano”, Dani Bonilla, Miguel Junior
 
7 Maio
 
Biodiversidade
Engenho humano e olival tradicional em torno da Serra de Ficalho
10:00 – Partida: Cineteatro Municipal
21
Mar17

Terras sem Sombra - Cardiologista Fernando de Pádua defende Caminho de Santiago

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Cardiologista Fernando de Pádua defende  Caminho de Santiago

 
As actividades ao ar livre e o contacto com o meio natural, duas palavras-chave do Terras sem Sombra, são sublinhadas pela presença, em Santiago do Cacém, nos dias 25 e 26 de Março, do médico Fernando de Pádua. Este cardiologista, considerado o “Pai da Medicina Preventiva em Portugal”, é alguém a quem o país muito deve, como responsável pelo pioneiro projecto que pôs os portugueses a “mexer” e a adoptar modos de vida mais saudáveis. Pode dizer-se que graças, ao seu trabalho e da vasta equipa de profissionais da saúde que soube motivar, os portugueses passaram a ter mais dez ou doze anos de vida.

O Professor Fernando de Pádua, melómano e amigo das artes, vem juntar a sua voz à defesa do património cultural e natural do convento do Loreto. A paisagem cultural em torno do antigo convento de Nossa Senhora do Loreto, é um local privilegiado de contacto com a natureza, a cerca de 2,5 km de Santiago do Cacém, na direcção do Algarve, e em pleno Caminho de peregrinação para Compostela. Hoje entregue ao abandono, encontra-se em avançado estado de ruína e, apesar de muitos esforços para o preservar, serve actualmente de estábulo. Na vasta mancha de montado que o envolve, por outro lado, regista-se a decadência de muitos sobreiros.

Com o objectivo de inverter a situação, o Terras sem Sombra propõe que o Loreto se torne um sítio facilmente acessível e seguro, a partir de Santiago do Cacém, a todos os que gostam de caminhar. E promove também, a salvaguarda do montado de sobro, incidindo num aspecto fulcral da sua continuidade – a renovação. Para tal, a comunidade de Santiago irá envolver-se na plantação de várias dezenas de sobreiros, provenientes da Mata Nacional de Valverde, em Alcácer do Sal, ajudando a salvar a mata do antigo convento de Nossa Senhora do Loreto.

Trata-se, afinal, de seguir na peugada dos peregrinos que já aí passam, em número crescente, na sua viagem, a pé ou de bicicleta, para Compostela. Um projecto que faz todo o sentido num concelho que promove o desporto saudável e se orgulha do seu património.
 
 
Programa Santiago do Cacém
25 de Março
Património
14:30 – 17:30 – Visita ao Centro Histórico
Local em destaque – Palácio dos Condes de Bracial
Ponto de encontro - Igreja Matriz de Santiago Maior
 
Música
21H30 – Brentano String Quartet
Perpétuo Movimento: Em torno d’A Arte da Fuga
Local: Igreja Matriz de Santiago Maior
 
Viola_ Misha Amory
Violino_ Serena Canin
Violoncelo_ Nina Lee
Violino_ Mark Steinberg
 
26 de Março
 
Biodiversidade
A Paisagem Cultural em torno do Convento do Loreto – assegurar a sua continuidade
10:00 – Saída _ Igreja Matriz de Santiago Maior
21
Jun13

Basílica Real de Castro Verde palco de “Sinais de Fogo” de Terras sem Sombra

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Basílica Real de Castro Verde palco de “Sinais de Fogo” de Terras sem Sombra

 

Basílica Real de Castro Verde palco de “Sinais de Fogo” de Terras sem Sombra

A Basílica Real de Castro Verde, onde pelas 21:30, do dia 22 de Junho terá lugar mais um concerto do Festival Terras sem Sombra, é um dos monumentos mais representativos do barroco em Portugal

Este quinto concerto conta com a participação do Cuarteto Casals, um dos mais conceituados ensembles de cordas espanhóis, que interpretará obras de Gyorgy Ligeti, Franz Joseph Haydn e Arnold Schoenberg. 

Há ainda a assinalar a estreia do Coro Terras sem Sombra, fundado por Sérgio Fontão de Carvalho, que terá a dirigi-lo Giovanni Andreoli, maestro do coro do Teatro Nacional de S. Carlos.

 

Paolo Pinamonti, director artístico do Festival escolheu para este quinto concerto “Lux Aeterna” para 16 vozes, de Ligeti, “As Sete Últimas Palavras do Nosso Redentor na Cruz” para quarteto de cordas op. 51, de Haydn, e “De Profundis”, op. 50B para coro a capela, de Schoenberg, porque as considera “ como marcos da escrita polifónica e coral”. 


José António Falcão“Sinais de Fogo” director-geral do Terras sem Sombra, decidiu dar o nome de “Sinais de Fogo”a este concerto., porque segundo ele “As obras escolhidas por Pinamonti representam uma síntese do impacto da espiritualidade na criação contemporânea e elevam a um nível surpreendente o legado romântico; isto torna-as uma experiência estética, mas também existencial, muito especial.”

 

Cuarteto Casals, formado em 1997, é um dos agrupamentos de cordas mais destacados da sua geração, sendo convidado regularmente dos festivais e ciclos de concertos de prestígio mundial. 

 

Entre outros palcos de referência, já actuou com regularidade em Wigmore Hall, Carnegie Hall, Musikverein (Viena), Kölner Philarmonie, Cité de la Musique (Paris), Schubertiade Schwarzenberg, Concertgebouw Amsterdam e Philarmonie Berlin. 


Realizou também uma importante produção discográfica, sob o selo de Harmonia Mundi, gravando compositores desde o período clássico até à música do século XX.

 

Retirado do HardMúsica

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